Rússia lança centenas de Drones e Mísseis, deixando rastro de morte e destruição

Rússia lança centenas de Drones e Mísseis, deixando rastro de morte e destruição

A capital ucraniana, Kiev, foi alvo nesta quinta-feira (28) de um dos mais intensos ataques aéreos russos desde o início da invasão, resultando em um trágico saldo de ao menos 14 mortos, entre eles três crianças, segundo um balanço divulgado pelas autoridades locais e pelo presidente Volodimir Zelensky. A ofensiva ocorre em um momento de estagnação nos esforços diplomáticos, que recentemente receberam um novo estímulo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas sem avanços concretos.

De acordo com o Exército ucraniano, as forças russas empregaram 598 drones e 31 mísseis, incluindo dois do tipo hipersônico Kinzhal, na operação. O bombardeio atingiu uma vasta gama de alvos, desde empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas até infraestruturas civis como uma escola, um centro comercial e edifícios residenciais no centro da cidade. Equipes de resgate trabalhavam em meio aos escombros para remover vítimas, enquanto o ataque também causava danos ao edifício da missão da União Europeia e ao escritório do British Council.

O presidente Volodimir Zelensky classificou a ofensiva como um “massacre horrível e deliberado de civis”, acusando a Rússia de priorizar a guerra em detrimento de uma solução pacífica, e demandou a imposição de novas e severas sanções contra Moscou e seus aliados, citando nominalmente a China e a Hungria. A condenação internacional foi imediata, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmando que Putin “está matando crianças e civis”, e o presidente francês, Emmanuel Macron, ironizando que o lançamento de centenas de projéteis demonstra a “vontade de paz da Rússia”.

Por sua vez, o Kremlin declarou que mantém o interesse em negociações, mas que as operações militares prosseguirão até que seus objetivos sejam alcançados. O porta-voz Dmitri Peskov afirmou que as Forças Armadas russas continuam a atacar “alvos militares e paramilitares”, em conformidade com a missão russa na Ucrânia. O episódio, ocorrido três anos e meio após o início da invasão, evidencia o profundo impasse no conflito, com as negociações de paz bloqueadas e a recusa de Moscou em promover um encontro direto com Zelensky.

Publicar comentário