Região Norte é a mais afetada por Tarifaço dos EUA, aponta FGV
Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que as regiões Norte e Nordeste do Brasil são as mais afetadas pela nova tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, que entrou em vigor nesta quarta-feira (6), foi formalizada por uma ordem executiva do presidente Donald Trump.
O estudo, coordenado pelo pesquisador Flávio Ataliba, indica que, apesar de a região Norte destinar apenas 3,9% de suas exportações para os EUA, o impacto é considerável. A razão é a concentração de exportações de pequenos produtores e cooperativas, que têm menor capacidade de absorção interna e dependem mais desse mercado.
Em contrapartida, a região Sudeste, que é responsável por 71% das exportações brasileiras para o mercado americano, é menos afetada. O motivo é a diversidade e industrialização de sua pauta exportadora, que inclui itens como aeronaves e petróleo, isentos da nova tarifa. O Centro-Oeste, focado em carnes, grãos e minerais, também deve ter efeitos limitados. Já a região Sul, com sua produção de móveis e carnes de porco e aves, enfrenta um risco médio.
A nova tarifa é uma sobretaxa de 40% sobre a alíquota já existente de 10%. Embora uma lista de cerca de 700 produtos, como suco de laranja e minério de ferro, tenha sido isenta, itens estratégicos como café, carne e frutas continuam sujeitos à tarifa, o que agrava a situação para produtores das regiões Norte e Nordeste.


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