Maioria dos Ministros se recusa a assinar carta em defesa de Alexandre de Moraes
Uma crise interna no Supremo Tribunal Federal (STF) veio à tona nesta quinta-feira, 30 de julho, após a maioria dos ministros se recusar a assinar uma carta de apoio público a Alexandre de Moraes. O pedido de solidariedade foi feito por Moraes depois que o governo dos Estados Unidos impôs sanções contra ele, baseadas na Lei Global Magnitsky.
Moraes esperava obter o apoio formal de todos os seus 11 colegas em um documento conjunto. No entanto, a maioria dos ministros considerou a iniciativa inapropriada para o âmbito institucional da Corte, especialmente por se tratar de uma decisão estrangeira.
Em vez de uma carta conjunta, a alternativa encontrada foi a publicação de uma nota institucional moderada, emitida pelo então presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. O documento não faz menção direta aos Estados Unidos ou às sanções, adotando um tom neutro para o ocorrido.
O impasse se tornou evidente durante um jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, onde Moraes tentou garantir o apoio dos colegas. A resistência expressiva dos ministros revelou uma clara fissura no apoio institucional a Moraes. Especialistas apontam que essa falta de coesão pode fragilizar a imagem do ministro e levantar questionamentos sobre a capacidade do STF de reagir de forma unificada a pressões externas, impactando a percepção pública sobre a autonomia e o equilíbrio de poder do tribunal.

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