Maduro mobiliza exército e milícias em resposta a operação Naval dos EUA “Independência 200”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a mobilização geral das Forças Armadas e de milícias civis em todo o país, em resposta ao que descreveu como uma “ameaça imperial” dos Estados Unidos. A medida eleva a tensão na região do Caribe, que tem registrado um aumento da presença militar norte-americana nas últimas semanas.
A mobilização faz parte de uma operação batizada de “Independência 200”, que prevê a ativação de 284 “frentes de batalha” para proteger instalações estratégicas. Segundo Maduro, tropas e unidades civis foram posicionadas para defender aeroportos, portos, refinarias de petróleo, usinas e pontos de fronteira. “Os mares, as terras e as riquezas pertencem ao povo venezuelano”, declarou o presidente, afirmando que o país “não aceita ameaças de agressão”.
A escalada retórica e militar de Caracas é uma reação direta ao envio de oito navios de guerra e reforços aéreos dos EUA para o sul do Caribe. O governo de Washington justifica a ação como parte de uma ampla ofensiva contra o narcotráfico internacional. A tensão foi agravada no início de setembro, quando forças americanas atacaram uma embarcação que teria partido da costa venezuelana, resultando na morte de 11 pessoas, classificadas pelo presidente Donald Trump como “narcoterroristas”.
Apesar do tom de confronto, Maduro afirmou que a Venezuela busca o diálogo e “não agride ninguém”, mas que manterá a mobilização como uma estratégia de resistência nacional para preservar a soberania do país. O objetivo, segundo ele, é unir civis e militares para proteger o território diante da presença ostensiva das forças americanas na região.

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