Fábricas de armas decretam férias coletivas para evitar ao tarifaço dos EUA

Fábricas de armas decretam férias coletivas para evitar ao tarifaço dos EUA

As novas tarifas de exportação impostas pelo governo dos Estados Unidos já provocam um forte impacto na indústria brasileira, forçando grandes fabricantes de armas a decretarem férias coletivas para sobreviver à crise. Empresas como a Taurus, uma das maiores do setor, anunciaram a medida como forma de ganhar tempo e reavaliar suas operações diante do que está sendo chamado de “tarifaço”.

A decisão de paralisar temporariamente a produção afeta diretamente as linhas de montagem voltadas para o mercado norte-americano, que é o principal destino da maior parte das armas e munições exportadas pelo Brasil. A Taurus, por exemplo, exporta cerca de 80% de sua produção para os EUA. Com a imposição de uma nova taxa de 50% sobre os produtos, a exportação tornou-se praticamente inviável, segundo a direção da empresa.

Centenas de trabalhadores foram colocados em férias coletivas, inicialmente por 15 dias, com possibilidade de prorrogação. A medida expõe a grande dependência da indústria nacional em relação ao mercado americano e acende um alerta sobre o risco de demissões em massa caso as tarifas sejam mantidas a longo prazo.

As empresas afetadas buscam agora negociar com os governos estadual e federal medidas compensatórias, como a antecipação de créditos de ICMS, para reforçar o caixa e atravessar o período de queda brusca nas exportações. A situação é acompanhada com preocupação por sindicatos e autoridades, que temem um efeito dominó na cadeia produtiva e na economia das cidades onde essas indústrias estão instaladas.

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