EUA oferece recompensa de R$ 140mi por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira, 28 de julho, uma recompensa de até US$ 25 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 140 milhões, por informações que resultem na prisão ou condenação de Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela. A iniciativa marca uma intensificação da ofensiva americana contra o regime chavista, em um contexto de crescente tensão geopolítica na América Latina.
O anúncio foi divulgado pela agência antidrogas DEA (Drug Enforcement Administration) em suas redes sociais oficiais. Conforme o cartaz de procurado emitido pela instituição, Maduro é acusado de conspirar com o narcoterrorismo, importar cocaína, utilizar armamento pesado para apoiar o tráfico de drogas e colaborar com organizações criminosas internacionais.
Além de Maduro, a lista de procurados inclui também os ministros Diosdado Cabello Rondón (Interior, Justiça e Paz) e Vladimir Padrino López (Defesa), ambos considerados figuras centrais no governo venezuelano.
De acordo com as autoridades americanas, Nicolás Maduro integra o denominado “Cartel de Los Soles”, uma rede de tráfico que supostamente operaria com o respaldo de setores do Exército venezuelano. A organização é acusada de manter vínculos com o Cartel de Sinaloa (México), com a quadrilha transnacional Tren de Aragua e com ex-membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Na última sexta-feira, 25 de julho, o governo Trump classificou formalmente o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista internacional. A acusação de narcoterrorismo contra Maduro, por sua vez, já havia sido apresentada em março de 2020 por uma corte federal de Nova York, ocasião em que promotores o descreveram como líder de um esquema de envio de toneladas de cocaína para os Estados Unidos e de apoio logístico a grupos armados na região.
Em contrapartida, Maduro e seus aliados rejeitam veementemente as acusações, classificando-as como parte de uma ofensiva política orquestrada por Washington, que, segundo o governo venezuelano, visa a desestabilizar o país sob o pretexto de combater o narcotráfico.
Apesar da rejeição do regime venezuelano, o Departamento de Justiça dos EUA orienta que qualquer informação relevante sobre o paradeiro ou as movimentações de Maduro seja enviada à DEA de forma confidencial.


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