EUA aceitam pedido do Brasil na OMC, mas alegam que tarifas são “questão de segurança nacional”

EUA aceitam pedido do Brasil na OMC, mas alegam que tarifas são “questão de segurança nacional”

Os Estados Unidos concordaram em iniciar uma consulta formal com o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) para discutir as tarifas de 50% impostas sobre a maioria dos produtos brasileiros. No entanto, em um documento submetido à entidade, o governo americano já adiantou que considera a medida uma questão de “segurança nacional” e, portanto, fora da alçada de julgamento da corte comercial.

A posição dos EUA cria um complexo impasse diplomático e jurídico. Ao mesmo tempo em que aceita o diálogo, Washington alega que as sanções são “questões políticas não suscetíveis de revisão” pela OMC.

No documento, o governo do presidente Donald Trump justifica as tarifas afirmando que as políticas recentes do Brasil estão “minando o estado de direito e ameaçando a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”.

A sobretaxa foi anunciada por Trump no início de agosto como uma retaliação direta ao que ele classificou como uma “caça às bruxas” contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento no Brasil por acusações de planejar um golpe de Estado. A consulta na OMC é o primeiro passo formal no mecanismo de solução de controvérsias e pode levar meses até uma conclusão.

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