Edinho Silva Eleito Novo Presidente Nacional do PT com Apoio de Lula

Edinho Silva Eleito Novo Presidente Nacional do PT com Apoio de Lula

Edinho Silva, ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara, foi eleito o novo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) para o mandato que se estende até 2029. A vitória ocorreu em primeiro turno, com 73,48% dos votos e o apoio direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Silva obteve 239,1 mil votos de um total de 342,3 mil votos válidos registrados por membros do PT em todo o país. O partido ainda aguarda a totalização das urnas de alguns estados, como Pernambuco, Bahia, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais – este último, que não realizou sua eleição interna na data prevista. A expectativa do PT é que o número total de eleitores ultrapasse os 400 mil.

Como candidato da corrente majoritária “Construindo um Novo Brasil” (CNB), Edinho Silva inicialmente enfrentou resistências internas para obter a aprovação da facção, mas conseguiu um acordo após ceder a indicação para a tesouraria do partido. Ele defende uma postura mais moderada para o PT e a expansão de alianças políticas, visando às eleições de 2026.

Edinho Silva concorreu contra candidatos de alas mais à esquerda do partido, como o ex-presidente do PT e deputado federal Rui Falcão (que obteve 36,3 mil votos, 11,15%), o secretário de Relações Internacionais Romênio Pereira (36 mil votos, 11,06%) e Valter Pomar (14 mil votos, 4,3%).

A eleição interna do PT, conhecida como Processo de Eleições Diretas (PED), selecionou as novas lideranças em níveis nacional, estadual e municipal para o período de 2025 a 2029. Todos os 2,9 milhões de filiados aptos a votar puderam participar.

Uma complicação surgiu na eleição de Minas Gerais, onde a deputada federal Dandara Tonantzin obteve uma liminar judicial para sua inclusão na disputa pelo diretório estadual. Essa situação levou à suspensão da eleição no estado, já que Dandara havia sido excluída por um atraso no pagamento de uma dívida partidária. No entanto, a liminar foi derrubada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios na segunda-feira. A votação foi realizada em cédulas de papel, pois o partido não obteve um número suficiente de urnas eletrônicas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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