Drones, minas terrestres e foguetes, Cartéis do México entram em corrida armamentista

Drones, minas terrestres e foguetes, Cartéis do México entram em corrida armamentista

Os principais cartéis de drogas do México estão imersos em uma acirrada corrida armamentista, travando uma guerra em múltiplas frentes: contra o governo mexicano, que sofre pressão dos Estados Unidos para intensificar o combate ao narcotráfico, e entre si, em disputas sangrentas por território. Essa escalada bélica está transformando alguns desses grupos em verdadeiras forças paramilitares.

Autoridades de segurança tanto do México quanto dos Estados Unidos concordam que o poder de fogo dos cartéis atingiu um novo patamar. O arsenal, que antes se limitava a pistolas e rifles automáticos, agora inclui minas terrestres, granadas propelidas por foguete (RPGs), morteiros improvisados e caminhões blindados equipados com metralhadoras de grosso calibre. Além disso, os grupos criminosos têm utilizado dispositivos explosivos improvisados (IEDs) e adaptado drones comerciais para carregar bombas e agentes químicos.

O cenário se tornou ainda mais complexo após o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenar que o Pentágono inicie o uso de força militar contra cartéis específicos, designados por Washington como organizações terroristas. A diretriz gerou uma forte reação do governo mexicano, que rejeita a ideia de uma intervenção militar americana em seu território.

Apesar da divergência diplomática, a gravidade da ameaça é um ponto de consenso. “Não podemos continuar a tratar esses caras como gangues de rua locais”, afirmou o senador norte-americano Marco Rubio em uma entrevista recente. “Eles têm armamento que se parece com o que terroristas, e em alguns casos, exércitos, têm”.

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