Cúpula do BRICS Termina Hoje (7) Despertando Grandes Expectativas no Mundo

Cúpula do BRICS Termina Hoje (7) Despertando Grandes Expectativas no Mundo

A 17ª Cúpula do BRICS foi concluída nesta segunda-feira (7) no Brasil, culminando em um veemente apelo pela reforma das instituições de governança global e pelo fortalecimento do multilateralismo. O evento, que acontece em um momento de grave crise do sistema internacional, teve suas atividades finais iniciadas às 8h45 com a tradicional foto oficial dos chefes de Estado e de governo, além de representantes de países parceiros e convidados com compromissos externos, seguida por uma sessão plenária dedicada a temas de interesse global.

O primeiro dia do fórum foi marcado pela adoção da Declaração do Rio de Janeiro, um documento abrangente que sintetiza as posições políticas do BRICS sobre questões sensíveis da agenda internacional.

Entre os pontos mais relevantes, a declaração condena a escalada da guerra comercial promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e critica veementemente a violência no Oriente Médio. O documento também exige reformas profundas em instituições como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.

Os líderes do BRICS enfatizaram que o atual sistema multilateral, concebido no pós-guerra, já não reflete as realidades políticas e econômicas do século 21. Por isso, defenderam uma “reforma abrangente” da ONU, com foco na modernização do Conselho de Segurança, visando torná-lo mais democrático, representativo e eficaz. Um diplomata brasileiro, acompanhando as negociações, destacou à Prensa Latina que “o documento deixa claro que países em desenvolvimento, especialmente da África, América Latina e Caribe, precisam ter maior participação nas decisões globais.”

Outro tema central abordado foi a situação na Palestina, com a declaração reafirmando o apoio do bloco a uma solução de dois Estados, baseada em fronteiras internacionalmente reconhecidas. Para os líderes do BRICS, esta é a “única via” para alcançar a paz e a estabilidade duradoura na região.

No campo econômico, o bloco reiterou a prioridade de ampliar o uso de moedas locais nas transações comerciais entre os países-membros. Essa medida busca reduzir a dependência do dólar e fortalecer as economias nacionais.

O fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos BRICS, e do Arranjo Contingente de Reservas também foi sublinhado como crucial para aumentar a autonomia financeira do grupo e oferecer alternativas ao sistema financeiro tradicional, historicamente dominado pelas potências ocidentais.

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