China Reage a Ameaças Tarifárias de Trump e Adverte EUA e Aliados Sobre Retaliações
Em um recado contundente à administração do presidente Donald Trump, a China emitiu um alerta nesta terça-feira contra a retomada de tarifas comerciais sobre produtos chineses a partir de agosto. A advertência foi acompanhada por uma ameaça de retaliação direcionada a países que firmarem acordos com os Estados Unidos visando excluir Pequim das cadeias globais de suprimentos.
O posicionamento chinês foi publicado em um editorial do “Diário do Povo”, o principal jornal do Partido Comunista. O artigo enfatiza que “o diálogo e a cooperação são o único caminho correto” para uma solução comercial duradoura entre as duas maiores economias do mundo.
O jornal, porta-voz oficial do governo chinês, criticou duramente a tentativa de Washington de impor novas barreiras alfandegárias e de incentivar nações parceiras a redesenhar suas cadeias de produção em detrimento da China. “A prática tem provado que somente defendendo firmemente posições de princípios é que alguém pode realmente proteger seus direitos e interesses legítimos”, afirmou o “Diário do Povo”, classificando a estratégia tarifária de Trump como “bullying”.
No mês passado, Estados Unidos e China haviam chegado a uma estrutura de trégua comercial, mas sem definições claras sobre pontos cruciais. A aparente instabilidade desse acordo se agravou nesta semana, quando o governo Trump começou a notificar países parceiros sobre a aplicação de tarifas substancialmente mais altas a partir de 1º de agosto. Essa medida, que havia sido adiada desde abril, ameaça atingir novamente as exportações chinesas com sobretaxas que podem superar 100%.

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