China exibe Mísseis Hipersônicos e Armas Espaciais em parada Militar ao lado de Putin e Kim Jong Un

China exibe Mísseis Hipersônicos e Armas Espaciais em parada Militar ao lado de Putin e Kim Jong Un

A China realizou, nesta quarta-feira (3), uma monumental parada militar em Pequim para comemorar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, aproveitando a ocasião para projetar sua força global e exibir um arsenal de tecnologia avançada. O evento ganhou forte contorno geopolítico com a presença do presidente russo, Vladimir Putin, e do líder norte-coreano, Kim Jong Un, que assistiram ao desfile ao lado do presidente chinês, Xi Jinping.

O desfile foi marcado pela estreia de armamentos estratégicos, incluindo o novo míssil hipersônico antinavio YJ-15, um drone submarino não tripulado de grande porte projetado para operações furtivas, e uma nova família de mísseis balísticos intercontinentais com capacidade nuclear, como o Dong Feng-5C, que, segundo a mídia estatal, teria alcance para atingir qualquer ponto do globo. Pela primeira vez, também foi apresentado o HQ-29, um sistema de defesa espacial capaz de abater satélites.

Em seu discurso, o presidente Xi Jinping falou sobre a escolha entre paz e guerra, prestando homenagem aos que lutaram contra a invasão japonesa, e agradeceu às nações estrangeiras que auxiliaram a China no conflito, sem citar os Estados Unidos. Em forte contraste, o presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu em sua rede social, questionando se a China lembraria o “enorme apoio e ‘sangue'” americano na guerra e concluiu com uma mensagem sarcástica, pedindo a Xi que desse seus cumprimentos a Putin e Kim “enquanto conspiram contra os Estados Unidos”.

A demonstração de força serve também para reforçar a narrativa histórica da China sobre seu papel central na Segunda Guerra Mundial, um conflito que custou a vida de milhões de chineses, mas que é frequentemente sub-representado nos relatos ocidentais. A parada solidifica a imagem do país como uma potência militar e tecnológica, apresentando-se como uma alternativa à ordem global do pós-guerra, dominada pelos EUA.

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