Azul vai deixar de atender 13 cidades no Brasil e cortará 53 rotas

A Azul Linhas Aéreas anunciou uma ampla reestruturação de sua malha aérea, que resultará no encerramento das operações em 13 cidades brasileiras e na descontinuação de 53 rotas consideradas de menor rentabilidade, cujo desempenho é 17% inferior à média da companhia. Esta medida é um componente central do processo de recuperação judicial da empresa, iniciado em maio de 2025 nos Estados Unidos sob o regime do Chapter 11.

Conforme detalhado em uma apresentação institucional no início de agosto, a estratégia da Azul será concentrar suas operações em seus principais hubs, que são aeroportos utilizados como pontos centrais de conexão. A companhia justificou que a redução de capacidade permitirá focar em rotas mais rentáveis, otimizar a precificação em períodos de alta demanda e diminuir a dependência de ofertas promocionais. A reestruturação também abrangerá cortes em mercados internacionais considerados não estratégicos e visa reduzir irregularidades operacionais e custos jurídicos.

O processo de recuperação judicial tem como meta a conclusão entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. Os objetivos financeiros incluem a eliminação de mais de 2 bilhões de dólares em dívidas, a captação de 1,6 bilhão de dólares em novos financiamentos e a atração de até 950 milhões de dólares em investimentos de capital ao final do processo.

A empresa ainda não divulgou a lista específica das cidades e rotas que serão afetadas pela mudança. Procurada para prestar esclarecimentos, a Azul não emitiu uma resposta até a publicação desta nota, permanecendo o espaço aberto para um posicionamento oficial.