Ataque Cibernético Milionário, Polícia Federal e Banco Central Investigam Invasão à C&M Software
A Polícia Federal (PF) e o Banco Central (BC) iniciaram uma investigação de alta prioridade sobre um vultoso ataque cibernético que atingiu a C&M Software, uma empresa vital na prestação de serviços tecnológicos a instituições financeiras em todo o Brasil. O incidente, ocorrido na última terça-feira (1º), resultou no furto de uma quantia ainda não totalmente quantificada, mas que, segundo indícios, ascende a cifras milionárias.
A C&M Software desempenha um papel crucial no ecossistema financeiro nacional, especializando-se em soluções de conta transacional e atuando como intermediária técnica para instituições que carecem de conexão direta com a infraestrutura do sistema financeiro. Diante da gravidade da invasão, o Banco Central foi notificado pela empresa e, em resposta imediata, determinou o desligamento do acesso da C&M às infraestruturas que opera, visando conter a propagação de possíveis danos.
Em comunicado oficial, o Banco Central esclareceu que suas próprias infraestruturas não foram diretamente comprometidas pelo ataque. Contudo, uma equipe técnica do órgão foi prontamente enviada à sede da C&M na noite do ocorrido para avaliar a extensão da violação e implementar as primeiras medidas de contenção da crise.
A Polícia Federal, por sua vez, já instaurou inquérito para investigar a autoria do crime e todos os pormenores da invasão. Fontes próximas à investigação, ouvidas pela CNN, indicam que diligências estão em andamento para identificar o grupo hacker responsável e para realizar uma mensuração precisa dos prejuízos totais, que podem ter afetado tanto a empresa quanto seus clientes.
Este episódio reacende o debate sobre a segurança cibernética no sistema financeiro brasileiro, reconhecido por sua avançada digitalização e interconectividade. Especialistas alertam que, apesar dos rigorosos protocolos de proteção adotados pelo Banco Central e pelas principais instituições bancárias, prestadoras de serviços terceirizadas, como a C&M, podem representar vetores de vulnerabilidade para cibercriminosos. A crescente volume de transações digitais sublinha a imperatividade de investimentos contínuos em criptografia, autenticação multifator e monitoramento em tempo real, além de reforçar a discussão sobre a responsabilidade compartilhada entre as instituições financeiras e seus parceiros tecnológicos.
As investigações prosseguem em sigilo, e até o presente momento, nem a Polícia Federal nem o Banco Central emitiram um prazo para a conclusão da apuração ou para o restabelecimento completo dos sistemas operados pela C&M Software.


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