Trump diz que pode baixar tarifas da China mas pede que país compre soja
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou neste domingo (19) a possibilidade de reduzir as tarifas impostas sobre produtos chineses, mas condicionou a medida a concessões por parte de Pequim, exigindo que a China “faça coisas para nós também”.
A principal demanda do republicano é a retomada imediata da compra de soja produzida nos Estados Unidos, pedindo que os volumes retornem “ao menos” aos níveis anteriores à guerra comercial. Trump expressou otimismo, afirmando acreditar que a China fechará um acordo para a aquisição dos grãos.
A declaração ocorre após o governo americano ter elevado novamente as tarifas sobre bens chineses em 100% neste mês, intensificando a disputa comercial iniciada no primeiro semestre.
A guerra comercial alterou significativamente o fluxo do comércio global de grãos. A China, maior importador mundial de soja, suspendeu as compras dos produtores norte-americanos e passou a adquirir o produto de outros mercados, principalmente do Brasil.
Um relatório recente da American Farm Bureau Federation, principal entidade de agricultores dos EUA, revelou o forte impacto da medida. Segundo o documento, as exportações de soja americana para a China caíram quase 78% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
O relatório destaca que, enquanto os EUA praticamente deixaram de vender soja para a China nos últimos meses, a demanda chinesa atingiu níveis recordes, sendo agora suprida por concorrentes como o Brasil e a Argentina.


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