Tribunal autoriza vítima de ataque com ácido a punir agressor da mesma forma

Tribunal autoriza vítima de ataque com ácido a punir agressor da mesma forma

A iraniana Ameneh Bahrami, que em 2004 teve o rosto desfigurado e perdeu a visão após ser atacada com ácido por um homem que havia rejeitado, tornou-se um símbolo global de clemência ao perdoar seu agressor segundos antes de a punição dele ser executada.

O agressor, Majid Movahedi, foi condenado pela Justiça do Irã sob a “lei de talião” (Qisas), que prevê uma retaliação na mesma proporção do crime. A sentença autorizava que Ameneh, ou um representante, pingasse gotas de ácido nos olhos de Movahedi, para que ele também ficasse cego.

No entanto, em 2011, no instante em que a pena seria cumprida, Ameneh Bahrami surpreendeu o mundo ao anunciar seu perdão. A decisão poupou Movahedi da cegueira e repercutiu internacionalmente como um poderoso gesto de compaixão e renúncia à vingança, mesmo diante da brutalidade do crime que a vitimou.

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