Governo do Amazonas afirma que fez repasse e se isenta de responsabilidade por greve de Ônibus em Manaus
O Governo do Amazonas se posicionou oficialmente sobre a greve dos motoristas de transporte público, que paralisou a circulação de ônibus em Manaus na manhã de hoje (12), e afirmou não poder ser responsabilizado pelo movimento. Em nota, o Executivo Estadual assegurou que cumpriu com suas obrigações financeiras ao repassar integralmente a verba do subsídio tarifário para o sistema, transferindo a responsabilidade pela negociação com os trabalhadores para as empresas de ônibus.
Segundo o governo, a parcela do subsídio de sua competência, no valor de R$ 14 milhões, já foi depositada, e o comprovante da transação foi enviado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram). Com isso, a gestão estadual argumenta que a falta de pagamento de salários e benefícios aos rodoviários é uma questão de gestão interna das empresas que operam o serviço na capital.
A paralisação, iniciada nas primeiras horas desta sexta-feira, foi motivada pelo atraso no pagamento de salários e do adiantamento do 13º salário da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM) alega que os pagamentos, que deveriam ter sido efetuados na semana passada, ainda não foram realizados, levando à decisão de cruzar os braços e manter os veículos nas garagens.
A greve pegou milhares de usuários de surpresa, causando grandes transtornos no deslocamento pela cidade. Enquanto o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus (responsável pela outra parte do subsídio) afirmam que os repasses estão em dia, as empresas de ônibus e o sindicato dos trabalhadores continuam em um impasse. A responsabilidade pela resolução do conflito, segundo o poder público, recai agora sobre o setor empresarial, que deve utilizar os recursos recebidos para honrar seus compromissos trabalhistas e normalizar o serviço de transporte coletivo.

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