Quem são os 5 ministros do STF que decidem o futuro de Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 2 de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar, e de outros sete réus acusados de integrar uma organização criminosa que teria articulado uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. Após quase dez meses de instrução processual, que incluiu a coleta de depoimentos, interrogatórios e perícias, o caso avança para a fase de deliberação.
A responsabilidade pela decisão caberá aos cinco ministros que compõem a Primeira Turma do STF: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A votação será iniciada pelo ministro Moraes, na condição de relator do caso, e encerrada pelo ministro Zanin, como presidente do colegiado.
Segundo analistas jurídicos, o julgamento é um marco na história republicana do Brasil. Além de colocar um ex-presidente no banco dos réus por atentar contra a democracia, o processo é inédito por levar, pela primeira vez, generais das Forças Armadas a julgamento pela acusação de tentativa de abolição do Estado de Direito, o que confere uma dimensão histórica ao evento.
Embora a presunção constitucional seja a de que os magistrados atuarão com imparcialidade e neutralidade, seguindo o devido processo legal, especialistas ponderam que as experiências e interpretações individuais de cada ministro sobre o complexo caso moldarão o desfecho do julgamento do que os investigadores classificam como o “núcleo central” da suposta trama golpista.

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