‘Não há como entrarem na Venezuela’, afirma Maduro frente a ‘ameaças’ dos EUA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou de forma enfática nesta sexta-feira (29) que “não há como” os Estados Unidos invadirem seu país, em resposta à recente mobilização de navios de guerra e tropas americanas no Mar do Caribe. Em um ato com militares, o líder venezuelano classificou as ações de Washington como “ameaças e guerra psicológica” e convocou a população para um novo alistamento nas forças armadas.
A declaração ocorre após os Estados Unidos anunciarem o envio de cinco navios de guerra e cerca de 4 mil soldados para a região, oficialmente para manobras de combate ao narcotráfico. A operação coincide com o aumento da recompensa pela captura de Maduro. Como parte de sua reação, o líder venezuelano convocou uma jornada de alistamento para esta sexta-feira e sábado na Milícia Bolivariana, um corpo militar integrado por civis, afirmando que já conta com 4,5 milhões de membros, um número questionado por especialistas.
Em outra frente, o governo venezuelano acionou as Nações Unidas por meio de uma carta enviada por seu embaixador, Samuel Moncada, ao secretário-geral da organização, António Guterres. O documento denuncia “os desdobramentos mais recentes e perigosos da política de assédio contínuo” dos EUA e solicita que a ONU peça a Washington para encerrar suas “ações hostis” e respeitar a soberania venezuelana.
Durante o evento, que evidenciou a profunda politização da Força Armada venezuelana, Maduro afirmou que, após 20 dias de “assédio”, seu país está “mais forte e preparado para defender a paz”. Ele também celebrou a coordenação de segurança com o governo da Colômbia e declarou ter recebido “mais apoio internacional do que nunca” em meio à conjuntura atual.


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