CPMI do INSS, Governistas estão proibidos de faltar

CPMI do INSS, Governistas estão proibidos de faltar

O governo federal emitiu uma nova diretriz à sua base aliada para garantir presença máxima e evitar novas derrotas nas sessões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS. A orientação surge como resposta direta à derrota política sofrida na última semana, quando a oposição conseguiu eleger o presidente e o relator do colegiado, em um episódio classificado nos bastidores como um “apagão de articulação”.

A falha na condução do processo, marcada pela ausência de líderes governistas, foi publicamente admitida por membros da articulação política, incluindo o líder do PT no Congresso, Randolfe Rodrigues. Como resultado, os parlamentares da base que integram a comissão foram instruídos a não se ausentarem das sessões, recomendando-se o adiamento de viagens oficiais e procedimentos médicos eletivos durante o andamento dos trabalhos da CPMI, que pode durar de três a seis meses.

A preocupação do Palácio do Planalto é com o potencial de desgaste político que a comissão pode gerar para a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A oposição já sinalizou que pretende explorar o aumento dos descontos ilegais nos benefícios de aposentados e investigar possíveis conexões de sindicatos com os esquemas fraudulentos.

Em contrapartida, a estratégia da base governista será a de disputar a narrativa, enfatizando que as investigações sobre as fraudes começaram em 2015, antes da gestão atual, e que foi o governo Lula que tomou medidas efetivas para denunciar as irregularidades e garantir a restituição de valores aos beneficiários lesados. A proximidade do ano eleitoral promete intensificar o confronto de versões dentro da comissão.

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