Justiça manda prender Oruam; rapper vai responder por 7 crimes

Justiça manda prender Oruam; rapper vai responder por 7 crimes

O rapper Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, anunciou em um vídeo no Instagram sua intenção de se entregar às autoridades. A postagem foi feita após o artista supostamente buscar refúgio no Complexo da Penha e publicar um vídeo desafiando a polícia. “Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”, declarou Oruam na gravação, que posteriormente ficou indisponível.

A ordem de prisão preventiva foi emitida pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, sem prazo para soltura. Oruam responderá por uma série de crimes, incluindo tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que Oruam e seus amigos atacaram agentes, frustrando o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um adolescente infrator.

O delegado Felipe Curi não hesitou em classificar Oruam como um criminoso com laços claros com o crime organizado. “Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, enfatizou Curi. A juíza Ane Cristine Scheele Santos justificou a prisão preventiva ao analisar os autos, considerando-a a medida mais adequada no momento.

Oruam, cujo nome artístico é Mauro ao contrário, possui uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Seu histórico criminal não é recente. Em fevereiro deste ano, ele foi preso em flagrante por abrigar em sua mansão no Joá, Zona Oeste do Rio, o traficante Yuri Pereira Gonçalves, procurado por organização criminosa, com quem foi encontrada uma pistola 9 mm com kit-rajada e munição. No entanto, Oruam foi liberado no mesmo dia. O artista também é investigado por ter efetuado disparos de arma de fogo a esmo em um condomínio em São Paulo no final do ano passado, sendo indiciado por colocar em risco a integridade física de diversas pessoas.


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