Grand Finale em Parintins: Caprichoso e Garantido Encerram Festival com Rituais Ancestrais e Homenagens Emocionantes

Grand Finale em Parintins: Caprichoso e Garantido Encerram Festival com Rituais Ancestrais e Homenagens Emocionantes

Parintins – A terceira e última noite do 58º Festival Folclórico de Parintins, realizada neste domingo (29), culminou em um espetáculo grandioso, onde o Boi-Bumbá Caprichoso e o Boi-Bumbá Garantido apresentaram performances carregadas de simbolismo, rituais ancestrais e homenagens profundas à cultura amazônica.

O Boi Caprichoso abriu a noite com o tema “Kaá-Eté – Retomada pela Vida”, um tributo à proteção da floresta e dos povos originários. A apresentação iniciou com uma projeção impactante de Chico Mendes no chão do Bumbódromo, complementada por elementos visuais marcantes, como a figura de um “homem-borboleta” e uma imponente cobra gigante, articulada pela vibrante galera azul. Destaques da noite incluíram a cunhã-poranga Marciele Albuquerque, que surgiu como a ancestral “mãe das mães”, e a toada “Turbilhão Azul”, entoada por Patrick Araújo, que incendiou a arena. O ex-levantador Edilson Santana fez uma participação especial com a canção “Utopia Cabocla”, e o espetáculo do Touro Negro da América foi encerrado com um ritual de cura do povo Yawanawá, liderado pelo pajé Erick Beltrão.

Em seguida, o Boi Garantido encerrou o festival com “Garantido, o Boi do Brasil”, uma celebração à rica diversidade dos bois folclóricos de todo o país. A apresentação teve início com uma emocionante homenagem aos diferentes estilos de boi existentes no Brasil, conduzida pelo levantador David Assayag. A noite também foi agraciada com a presença de Iara, a Deusa das Águas, interpretada pela rainha Lívia Cristina. Um momento simbólico marcou a passagem do comando do boi do tripa Denildo Piçanã para seu filho Denisson Piçanã. O Garantido ainda prestou tributo ao cantor Chico da Silva e valorizou o trabalho das artesãs indígenas da Amazônia. A cunhã-poranga Isabelle Nogueira brilhou ao surgir caracterizada como uma majestosa arara. O encerramento da apresentação do Boi da Baixa do São José ficou a cargo do ritual Bahsese, do povo Tukano, originário do Alto Rio Negro.

Ambas as agremiações entregaram performances que reforçaram a conexão entre tradição, natureza e a identidade singular da Amazônia, deixando a expectativa para a apuração do resultado, que definirá o grande campeão do Festival de Parintins 2025.

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